Ande devagar, pelas ruas calçadas de pedra de Laranjeiras. O que o espera é só emoção.
Imagine-se vivendo na época do Império, quando foi a maior e mais importante cidade de Sergipe, centro do comércio do açúcar, famosa pela vida cultural e social, pólo irradiador de lutas pela abolição e pela república.
Esta cidade monumento, patrimônio histórico nacional, situa-se a apenas de 20km da capital de Sergipe, às margens do rio Cotinguiba. A ocupação de Laranjeiras remota ao século XVI. No século XVII os jesuítas ai construíram residências e igrejas, que se tornaram belas e adornadas no século XVIII, quando o plantio da cana se espalhou por todo o vale do Cotinguiba. A povoação crescia, mas só no século XIX, em 1832, Laranjeiras separou-se de Nossa Senhora do Socorro, tornando-se vila, para ser elevada a cidade em 1848. Sua importância a fez um dos pontos visitados em 1860 pelo imperador D. Pedro Il e pela imperatriz D. Tereza Cristina.
As números igrejas católicas e os terreiros de culto afro falam de uma religiosidade forte, e de um sincretismo muito vivo, mantido nas festas atuais quando os cortejos de grupos de folguedos populares enfeitam, animam e tornam encantadores as procissões e missas.
Essa disposição de conciliar o tradicional com o novo é a marca com que Laranjeiras, preserva o passado e busca nele a inspiração para renovar-se e articular novos caminhos para seu desenvolvimento.